Team:Brasil-USP/Practices/WomanInScience/HildePortugues

Woman in Science

Policy and Practices

Hilde Harb Buzzá

    Idade: 27 anos
    Curso atual: Doutorado em Física Biomolecular (IFSC/USP)

    Hilde, conte-nos sobre sua trajetória acadêmica.
    Graduei-me na primeira turma do curso de Ciências Físicas e Biomoleculares, no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP). Durante minha Iniciação Científica, trabalhei com cristalografia de proteínas e Imagens por Ressonância Magnética (IRM) para o estudo da epilepsia. Desde o mestrado em Física Biomolecular, tenho estudado o efeito vascular da terapia fotodinâmica e, no doutorado, tenho investigado um modelo tumoral em membrana corioalantóica.

    Por que escolheu uma carreira científica?
    Sempre gostei muito de matemática, biologia, física e áreas afins. Então, queria um curso que unisse exatas e biológicas e, ao mesmo tempo, que permitisse fazer pesquisa com aplicação na área de saúde. E, no ano em que prestei o vestibular, abriu o curso de Ciências Físicas e Biomoleculares no IFSC/USP.

    Atualmente, a presença das mulheres nos cursos de exatas tem aumentado? O que você vê no seu próprio curso?
    Esse número tem aumentado muito. É óbvio que no IFSC ainda há mais homens do que mulheres, mas quando recordo a época em que ingressei no Instituto, percebo que hoje a diferença não é tão grande. No meu curso, por exemplo, o número de mulheres e de homens está mais equilibrado.

    Você diria que existe qualquer tipo de segregação ou discriminação de gênero, mesmo que sutis? Se sim, diria que isso pode ocorrer de forma inconsciente?
    Acredito que sim. Nunca sofri com isso; nunca me vi em uma situação tipo: 'Ah, você é mulher e não pode fazer ciências...'. Mas sei de pessoas mais velhas que sofreram muito pelo fato de ser mulher. Existe um assédio quando dizem que uma mulher só tem êxito por ser bonita. Acho que, na maior parte dos casos, isso ocorre de forma inconsciente. Isso está enraizado na sociedade em geral.

    Uma carreira acadêmica, contando com graduação, mestrado e doutorado, muitas vezes passa a se estabilizar apenas aos 30 anos. Como você vê o impacto disso pra você? É diferente dependendo do gênero?
    Isso depende muito das pessoas e dos sonhos de cada um. Acho que um indivíduo com trinta anos ainda é jovem. Hoje, com esta idade, muitos ainda têm diversos objetivos. Com trinta anos ainda dá para fazer muita coisa. Eu, por exemplo, pretendo fazer pós-doutorado no exterior e depois voltar ao Brasil e trabalhar aqui.


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